Como o neto de escravos virou um renomado pintor brasileiro?

 

Antônio Rafael Pinto Bandeira nasceu em Niterói - RJ no ano de 1863. Foi pintor, professor e neto de escravos. Matriculou-se aos dezesseis anos na Academia Imperial de Belas Artes, onde estudou entre 1879 e 1884, sendo discípulo do pintor João Zeferino da Costa. 

Participou regularmente da Exposição Geral de Belas Artes (Egba), sendo contemplado com os prêmios de menção honrosa em modelo vivo, (1883); grande medalha de ouro em pintura histórica (1884); e, no ano seguinte, o prêmio Imperatriz do Brasil, na seção de pintura, criado em 1880 pelo comendador Caetano de Araújo.

Em 1886, realizou uma exposição pública no edifício da Aiba, exibindo seus estudos e conceitos de paisagem.  Frequenta a academia até 1887, quando se muda para Salvador por recomendação de seu amigo, e pintor, Firmino Monteiro. Na capital baiana produz diversas pinturas da paisagem local e leciona no Liceu de Artes e Ofícios, onde em 1889, realiza mostra exibindo 15 quadros de paisagens, marinhas, figuras e temas religiosos. De volta a Niterói, empreendeu esforços para criar uma "Escola de Belas Artes", mas não obteve sucesso.

Se suicidou (1896) aos 33 anos de idade, afogando-se quando pulou de uma balsa na baía de Guanabara, esse ocorrido é atribuído por alguns autores à sua personalidade melancólica – muito embora Antônio Parreiras mencione (como motivo preponderante) uma desilusão amorosa causada pelo preconceito racial. Antônio Rafael Pinto Bandeira se dedicou à natureza-morta, ao retrato e à pintura de gênero, mas se destacou nas paisagens, sendo considerado um dos maiores paisagistas brasileiros do século XIX.




BIBLIOGRAFIA:

Site 1 <- Museu AfroBrasil
Site 2 <- Enciclopédia Itaú Cultural 

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